Inaugurada em 1908, sua finalidade era,
originalmente, atender às necessidades de produção de energia elétrica na Usina
Hidrelétrica de Parnaíba.
Inicialmente conhecida
por Represa de Santo Amaro, Guarapiranga teve sua construção iniciada em 1906
pela São Paulo Tramway, Light and Power Company, na época responsável pelo
fornecimento de energia elétrica na cidade, sendo concluída em 1908. Em
1928, com o crescimento da região metropolitana de São Paulo, Guarapiranga
passou a servir como reservatório para o abastecimento de água potável.
A construção da
Represa de Guarapiranga e, posteriormente, da Billings, foi decisiva para o
desenvolvimento da região de Santo Amaro, então um vilarejo autônomo nos
arrabaldes de São Paulo
A partir dos anos 1920
e 1930, um crescente interesse pela ocupação das margens da represa, fez surgir
loteamentos pioneiros que procuravam oferecer ao cidadão paulistano uma opção
de lazer náutico. Daí o surgimento de bairros com nomes como Interlagos,
Veleiros, Riviera Paulista e Rio Bonito.
Entre as décadas de
1980 e 1990, a ausência de políticas claras de uso e ocupação do solo por parte
da Prefeitura do Município de São Paulo e dos municípios vizinhos contribuiu
para a criação de loteamentos populares clandestinos ao redor da represa, que
cresceram desordenadamente e jogam esgoto não tratado na mesma.
O lançamento de esgoto
levou ao aparecimento de algas e o comprometimento da qualidade do manancial e
da água para abastecimento humano, obrigando a Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (SABESP) a investir pesadamente em programas
de tratamento para minimizar o problema que já estava grave.
Mas, em junho de 2008,
foi anunciado o início das obras de urbanização e infraestrutura de
centenas de favelas da região, melhorando a qualidade de vida dos
habitantes e a preservação das áreas de mananciais. Atualmente, é
utilizada para abastecimento de água potável para a Região Metropolitana
de São Paulo através da Companhia de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo. Também é utilizada, além do controle de cheias, como local de
esportes e lazer, em que se destaca a importância nos esportes de vela, tendo
vários clubes de iatismo no seu entorno, como o Yacht Club Santo
Amaro, berço de vários campeões.
A represa é
abastecida pelo Rio Guarapiranga e outros rios e córregos de menor porte,
abrangendo áreas dos municípios de São Paulo, Itapecerica da Serra e Embugaçu..
Nas suas margens,
existem praias artificiais e marinas de barcos.
Turismo
Apesar de ser uma
região afastada das áreas centrais de São Paulo (subúrbio), a represa é um de
seus principais ícones naturais, muito procurada para lazer, devido a suas
praias, parques, pela pesca amadora e esportes, tendo destaque para os esportes
de vela, concentrando vários clubes de iatismo em sua margens.
Foi o local de disputa do torneio de vela dos Jogos Pan-Americanos
de 1963. Em 2011 foi palco do primeiro Mundialito de Clubes de Futebol de
Areia.
A represa ainda possui
algumas ilhas, tendo destaque para a Ilha do Eucalipto, a maior delas, e para a
Ilha dos Amores, que em dezembro de 2008 abrigou uma árvore de
natal de 30 metros de altura com as cores do Brasil, a qual faz parte do
projeto Natal Iluminado, realizado pela Prefeitura de São
Paulo em parceria com a Federação do Comércio do Estado de São Paulo
(Fecomercio).
Para se chegar nos
polos comerciais ao redor da represa é possivel chegar pela Marginal Pinheiros,
até a Avenida Atlântica (antiga Avenida Robert Kennedy).
Revitalização
Teve início um projeto
de revitalização da orla da represa de Guarapiranga, desenvolvido pela Subprefeitura
da Capela do Socorro. A obra inclui novo parque, uma via panorâmica que
circundará toda a represa, ciclovia e calçada, além da árvore de
natal inaugurada dia 9 de dezembro de 2008. O projeto já está em
execução e parte dele deve ser inaugurado dentro de dois ou três meses.
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